12 setembro 2011

Elegia às amigas da Mecenas

e sua coragem de mulher

Nossas lágrimas
Rolaram suaves pelo rosto
Caindo sobre tua pedra tumular
Amada Mecenas
As dores permanecem ininterruptas
Aumentando a cada dia transcorrido
Em autocensura os podres fétidos dos vídeos
Permanecem omissos a nossa arte...
A náusea desta existência
Levou-nos a internações psiquiátricas
Enquanto o estruturalismo condicionante deles
E as velhas ditas "panelinhas" ou "grupelhos"
Se auto ajuízam
Em bajular constante e mútuo...
Fazem já longos 15 anos
Que saímos do hospital psiquiátrico
As guerras dilaceram povos pelo planeta
Como outrora querida Mecenas...
Nosso esforço e trabalho
Em arte pacifista não conteve a força das mesmas
Tampouco é do agrado dos militaristas...
Neste período de ausência tua
Muito pouco ou quase nada de arte vimos
A estrutura fechou-se em si mesma...
Por indução de críticos contestáveis
A produção nacional em vídeo
Diz a uma burguesia farisaica
Aquilo que pretensamente
Ao juízo de interesses em si
Puramente mercantilistas
Classificam como sendo arte
E os ingênuos aplaudem...
Oprimidos os artistas vendem-se por valor
Que lhes de comida roupas abrigo
Alguma droga e festas sociais
Chamadas empresariais de classe
Prostituem-se não ou de fato...
Em troca mediocrizam-se
Nas entrevistas obrigatórias
As seus mandantes da não arte!
Lamentamos por muitos que assim seja...
Amada Mecenas
A tristeza censória percorre seus cérebros
Mas os contratos por sobrevivência
Servil
Os mantem prisioneiros e doentios
De seus porcos sorrisos humilhantes e humilhados
E assim o ciclo completa-se glorioso
Mantendo-se no topo da estrutura...
De arte nada ou pouco produzem
No pequeno espaço de nosso acesso ajuizador...
Em parte é bom não ver hoje
As tuas atrizes meninas mais amiga
Pois:
Elas ingênuamente
Estão também corrompidas!

Nenhum comentário: